A Liberdade é Azul
Abrindo
a janela, dentro de mim, de pijama.
Uma
luneta manchada em tintas.
Uma
nódoa na alma.
Um
portal explodindo feito um cristal que reluzem mil cores.
O
mundo é diferente da ponte pra cá.
Como
uma caixa de hi-dro-cor, me faço multicolorida.
Perdi-me
num tom vermelho, ardil, num relâmpago, qualquer, aqui dentro.
Um
coágulo verdejante de esperança.
Cintila
a aurora.
Como
a doce brancura da macadâmia.
Amar-te
tem sido como as rosas cor de rosa.
Lembranças
florais à flor da pele.
Abstinência
neon é roubar-se de si próprio.
As
camélias que brotam aqui dentro crescem cada vez mais e mais.
Uma
roleta-russa, um disparo para o coração.
Cores
de Almodóvar.
Os
átomos todos dançam, como um chá de hortelã.
Borboletas
pousam em meu corpo.
Perder-me
é um mar índigo.
Dentro
de mim, sempre em casa, sempre à vontade, de pijama.
A
liberdade é azul.
Bruna Pinto.
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