Escudo Mudo
A
minha alma é um escudo mudo.
É
uma melodia de Chopin.
É
o silêncio de Bethoven.
É
a discalculia do meu infinito.
É
a fração do inteiro que coube em mim.
E
coube.
O
vazio cria formas e não é mais vazio.
A
minha alma é uma epifania.
Tão
peculiar como um cheiro de jornal.
É
um salto para a insanidade.
É
a confusão das cores embrulhadas em fitas de cetim.
É
uma armadura bordada.
São
reticências que ecoam ao vento.
É
a solitude plena de alguns goles de Whisky.
É
como titubear, esse corpo, hospedeiro de Minh’ alma.
É
um escudo, mudo, prestes a transbordar.
Bruna
Pinto.
Comentários
Postar um comentário