A ELA


E esta nostalgia me faz sutilmente irrequieta.
                                            
Foi tão mágico o momento em que nos tocamos pela primeira vez. Nunca imaginei que com você conheceria a melhor maravilha do mundo.

Espelho, vermelho, sorriso, palavras, mãos, olhos, gestos, abraços, toque, sala, quadro, luz, tarde, frio, horas, batom, eu, você, nós. Elo.

Os teus detalhes, cada um deles, ainda estão vivos em minha vida.

E de vez em quando me pego perguntando: Por que ela?

Um egoísmo forte toma conta de mim.

Queria que você estivesse aqui comigo, só comigo, para recuperar o tempo perdido.

Quem agora me ouvirá?

Quem agora me olhará com os olhos mais sinceros do mundo?

Quem mais vai me tocar do jeito que você me tocou?

Com você aprendi que existe algo além do infinito, com você pude conhecer o caminho de encontro ao meu mais profundo âmago, aprendi o que é liberdade, a ter esperança quando achava que ela já tinha morrido. Com você não tinha medo algum. E, por um segundo, você foi tudo em meio a nada, na minha vida.

Você se foi sem ao menos dizer-me adeus.

É tão lamentável não poder dizer adeus.

Sinto como um rio desaguando dentro de mim.

E numa tentativa inútil de te trazer de volta, junto minhas mãos, me ajoelho, rezo para Deus. E Ele me concede ao desejo, mesmo que nos sonhos. Gosto de te encontrar lá! Me da à certeza, de que lá nunca morrerás.

Ah, se tu soubeste o quanto minh’alma explodia cores quando tocava a tua, nem as palavras são capazes de traduzi-las. É como o lugar mais lindo já visto. Tão peculiar como o cheiro de um jornal. 


E mesmo em meio aos anseios, quero que você voe para bem alto como um anjo, na sublime paz (pode ser aquela que eu sentia quando estava contigo, perfeitamente aconchegante).

Quando a saudade vem, não tem jeito! É como a fome. Então, onde você estiver, entenderás a minha faminta; a minha eterna saudade.

A você, ocultamente, é a quem escrevo.


A você é quem muito anseio.

A você que das tuas cores, jamais esquecerei.

A você, uma rosa branca, sempre a concederei.


                                                                                                                                           
                                                                                                                                      Bruna Pinto.

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