FOME!
Comi flores, comi espinhos.
Comi relvas, comi daninhas.
Comi armadilhas, comi medos.
Comi acertos, comi erros.
Comi o passado, comi o presente.
Comi o segredo.
Comi um doce, àquele que vicia.
Engoli o mundo!
Engordei emoções.
Medir
a dor em fita métrica.
Jorrei
uma bigorna pungente, urgente.
Mãos
frias, sangue quente.
DopaminaMente.
AtivaMente.
Como
um deslocador de águas existente.
Um
rio ácido, covalente. Em um olhar entre átomos de histórias.
Descarga
de tempos.
Um
sopro de vida.
E
o mundo pulsa. E o mundo gira. E acaricia.
O
paraíso do inferno.
Como
os chocalhos e o grito da flauta doce, é a fome que oculta em mim.
Inspira, expira, respira.
Alcaliniza
a alma em mim.
Bruna Pinto.
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