Bordando em Flores

                                                                 

Quando o deleite se faz desalento.
Quando o verso se faz averso.
Quando o tempo em que tudo muda se faz atemporal.
Quando a existência faz-se subsistir.
Quando as retinas refletem um mundo agridoce.
Quando uma linha transborda em ápices atenuos.
E quando a cada batida do coração torna-se ambíguo.
E quando o medo aborda... E quando! O quanto! O tanto!
E quando o toque se faz a salvação.
Tudo se veste em retalhos como uma raia de raios estrépitos no silêncio.
Quando um pedaço de si jamais continua; onde tudo vai recomeçar.
Mas e quando a alma contempla o espelho e não se conhece; reconhece...
O espírito salta! Eleva! Pulsa! Chora! Sorrir! Canta! Dança! Inventa! Reinventa! Sonha! Colore! Respira! Adormece! Desperta! Borda em flores! Agradece!
Quando tudo o que não se quer é desistir.
Quando tudo cá em mim revela-se, invade e fim.



Bruna Pinto.

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