Teus Olhos
Eu vi um sol castanho brilhando nos
teus olhos.
E percebi que estava presa no sol,
no castanho, no brilho, nos olhos.
Estranho natural. Mais natural do
que estranho.
Como um verso simples, um jardim no
asfalto.
Olhos estes que me fazem arriscar
em versos os teus instantes nos meus, como a fotografar na mente o sorriso, o
teu sorriso. Uma coisa que ficou em mim, multicolorida.
O jeito de flor, o perfume de flor.
Onde em dias de Julho ela é primavera.
Para quê amendoeiras se os
flamboyants contornam os teus detalhes.
Tão serena, veste entrelinhas.
Uma docilidade, como o encontro da
chuva com o mar.
Doce como um abraço; doce como o
teu olhar.
Mas o Outono chegou, chorou sem
flor, a paixão amassou, desbotou e rasgou.
Mas os teus olhos...
Brunna P.
Comentários
Postar um comentário